segunda-feira, 1 de junho de 2009

Insanidade a flor da pele.

Devo admitir para vocês que quando soube da turnê do Angra em conjunto com o Sepultura, assustei-me. Creio que a maioria deva ter tido este mesmo sentimento em relação a algo que parecia praticamente impossível, pois o que nos é desconhecido nos causa estranheza.Creio que foi mais isso que reinou entre os fãs das duas bandas.Muitos que estavam lá queriam ver Angra, outros, Sepultura, outros mais, as duas bandas. Mas o que eu vi foi um ginásio lotado, onde todos os apreciadores das bandas se reuniram para curtir verdadeiramente o show.

A banda de abertura, Mindflow,eu não conhecia. Mas eu gostei da apresentação deles. Achei o vocal bom, limpo, achei bem cara de progressivo com algo metal. Mais uma vez, EU achei isso. Os músicos a meu ver eram muito bons. O baixista então, um caso a parte, não parava de bater cabeça.

Depois de um tempo veio o Angra com seu NOVA ERA e CARRY ON. Gente, o ginásio foi à loucura. Toda vez que um clássico de uma banda é entoado a galera delira. É a questão de reviver algo; um sentimento de união. Eu fiquei maravilhada com o público que encheu o Dom Bosco. A galera foi prestigiar mesmo. Voltando ao Angra, eu fiquei na frente,então sofri um bocado com a movimentação de uma rodinha que não era pequena. Um empurra-empurra.Uns pisõs nos pés. Até achei que minha meia arrastão tinha rasgado. Mas não. Então vieram mais músicas de toda a carreira do Angra. ANGELS CRY, foi aclamado, parecia um hino. LISBON, bem das antigas foi um marco para mim. Então o show foi rolando. Então uma música é delineada lentamente pelo violão. Uma música que nunca imaginei ser tocada. Uma que para mim era algo como o lado B. Uma união entre a MPB e o Heavy Metal. Entre Milton Nascimento e Angra. Era a LATE REDEMPTION. Sem palavras.



Esta é mais uma prova de que juntar coisas não é algo que deva causar tanta estranheza. Pode ser que se torne algo realmente bom.

Em seguida era a vez do Thrash "tenso" do Sepultura entrar. Eu estava cansada e muito suada. O show do Angra me esgotou. Cantei demais. No show do Sepultura eu subi para a arquibancada. Eu fiquei surpresa com a visão de lá. Tive uma noção mais clara do quanto o ginásio estava cheio.

Ainda bem que fui para a arquibancada...
o show do Sepultura foi regrado a mosh generalizado, ahahaha.
Muita energia estava saindo do público. A vibração, a força do cantar. Era uma outra legião de aficcionados. O show dos caras foi, para mim, visceral. Foi violento, no sentido de um som brutal mesmo, pesado e que incendiou quem estava lá. No show deles também houve uma volta ao passado. Confesso que nunca fui de ouvir muito Sepultura, mas quando eles tocaram ATTITUDE fiquei elétrica. A música final deles foi a clássica ROOTS BLOODY ROOTS. Nossa, aí que a galera foi ao delírio mesmo; foi algo muito insano.



Por fim, algo que eu esperava demais. Angra e Sepultura juntos no palco.

Esperava apenas uma música, vieram quatro. Mas não eram quaisquer músicas, eram clássicos do bom e velho Heavy Metal. Tocaram AC/DC, Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin. Não nesta ordem. Gente, eu achei sensacional eles tocarem clássicos. Sim, muita gente não deve ter curtido, mas enfim, a ideia foi muito bacana.

Houve também, troca de instrumentos e integrantes. Foi uma espécie de rodízio. Falaschi tocou baixo, Felipe guitarra, Kiko bateria,teve Confessori no vocal...
eu não sabia que ele cantava, fiquei admirada, porque achei a voz dele muito boa. Depois o Rafael também assumiu o vocal. Também foi muito bem.

Muitos podem ter odiado esta mistura, tanto no final, quanto toda a ideia de misturar estilos diferentes. Eu, porém, gostei sim dessa iniciativa. É metal nacional. Cada um com suas características, mas bons no que fazem. Estranhei no começo, mas depois descobri que diferenças podem coexistir. É tudo uma questão, de repente, de se deixar levar pela música.



Ah, foi muito bom! Que venham mais eventos!
Abraços para vocês e até amanhã ^^