quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mais sobre Tunes of Grey

Opa! Eis que Bruna reaparece! Confesso, estava com saudades de postar. Mas como estava em uma fase um pouco conturbada, dei um tempo. Mas hoje tem postagem nova, babies.

A postagem de hoje é com o Tunes of Grey. Sei que já existem outras postagens com a banda, mas o assunto, óbvio, é outro. Já tinha esta entrevista, com o César, há muito tempo, mas achei melhor esperar para jogar aqui. Pois bem, chega de "bláblá" e vamos ao ponto. Espero que curtam. Yeah. Vida longa ao Conexão!

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César fala...


Como surgiu a banda Tunes of Grey?

No início de tudo, eu e Romero (Ex-vocalista), tínhamos amigos em comum, que nos levaram a trocar idéias sobre uma possível banda cover de Iced Earth, que é a banda que mais nos influenciou, mas com um pouco mais de conversa vimos que além de Iced Earth nós gostávamos muito de Sentenced, Poisonblack, H.I.M, Charon, To Die For e inúmeras outras bandas com estilo denominado "Finnish Metal". Daí optamos por seguir essa linha, primeiramente como cover exclusivo de Sentenced, mas com o tempo outros covers foram agregados além das músicas próprias.

A estrutura da banda era simples. Eu e Romero éramos a "base" de tudo; tínhamos que escolher quem ia tocar; quais covers tocar. As músicas próprias começaram a fluir com a entrada de Denis Magalhães (baixo). Ele cresceu conosco e mesmo com tão pouca idade, já tocava absurdamente bem e compunha músicas que ninguém poderia imaginar. Definitivamente, um garoto prodígio. Era assim que o chamávamos.

Antigamente a banda como qualquer outra que está começando, era bastante seca e imatura. Todos estavam aprendendo a dominar ainda os instrumentos; tínhamos dificuldades com algumas coisas, mas com o tempo tudo isso foi melhorando. O estilo em si mudou bastante, era muito mais gótico e foi se tornando mais agressivo com a entrada de novos integrantes e com o surgimento de novas influências musicais para cada um. Mas a idéia é não perder completamente essa raiz gótica, nas letras ela ainda existe.



O que mais era composto? Quais eram as influências maiores?

As influências maiores sem dúvidas eram o Sentenced e o H.I.M, pois Romero era um grande fã e o vocal dele era mais parecido com o do Ville Valo. Acabou que isso entrou nas nossas composições de maneira natural. Com o passar do tempo, alguns integrantes que fizeram parte trouxeram consigo influências como Evergrey, através de Douglas Helmer, ótimo baterista que fez parte da banda; Denis Magalhães fã de Opeth e várias outras bandas bem alternativas; Humberto Boldt, tecladista que fez parte da banda por um grande tempo e acabou de deixar a banda por motivos de trabalho e estudos, era um grande fã de Type O Negative e Anathema. Além de vários outros como Leonardo Laruccia, Francis Lima, Helder Lessa e Tarzan.



Naquela época havia um desejo que hoje em dia a banda já não mais possui?

Acho que o desejo é o mesmo, conseguir algum lugar nessa cena complicada que temos tanto aqui no estado, como no Brasil. Aqui no estado existem excelentes bandas, como Evictus, Petite Mort, Sonata Soturna, Wolfshade, Shotgun Corporation e várias outras que são pouco valorizadas por vários motivos, e como eu sempre estive presente desde o começo da banda, acredito que ainda tenho esperança, senão não estaria segurando as pontas até hoje. Só eu continuo desde a formação inicial. É bastante complicado manter 6 pessoas dedicadas a isso; sempre aparece alguma força maior que leva a pessoa a sair da banda.



Você acredita que as mudanças de integrantes prejudicaram a banda em algum aspecto?

As mudanças de integrante atrapalham muito, perde - se muito tempo pra preencher novamente a vaga, pois é difícil achar, por exemplo, algum tecladista por aqui; guitarristas existem milhares com milhares de bandas já, mas baterista, por exemplo, eu sempre tive sorte, e com contatos bons, conseguia suprir essa falta. Mas vocalista, por exemplo, foi complicado. Quando Romero saiu, eu achei que a banda não ia continuar devido à dificuldade de encontrar alguém que cante essas músicas; acabou que conheci JP, e a banda foi se adaptando a ele, e ele principalmente, adaptou – se à banda.



Fale um pouco sobre primeira demo da banda. (Cabe falar aqui também, como são adquiridas pelo público);

A primeira demo da banda se chama Fading to Grey, ela foi gravada em 2006 no MG Estúdio (Murilo Godoy), que nos ajudou bastante em algumas composições. Fizemos cerca de 200 demos apenas e vendemos todas; acho que até a minha eu vendi ( hauhahuaua ). No myspace da banda dá para ouvir 3 músicas (Live Forever, Die To Live e Fire in My Veins). Atualmente, ainda tocamos essas músicas, além de My Ending Justifies my Path, porém com modificações no vocal; acrescentamos vocais guturais que deram mais peso às músicas.



Então o JP entrou na banda. O que você percebe enquanto mudança?

Com a entrada de JP na banda, certamente o estilo ficou mais agressivo, pois sempre foi uma vontade minha e de Tiago por vocais guturais em algumas de nossas composições, que ficaram guardadas por muito tempo. Tiago ouve bastante Killswitch Engage e Arch Enemy, e além dessas bandas, somos fãs de Moonspell e Dark Tranquility, que acabaram sendo cruciais na definição do novo estilo da banda, meio rotulado como Death/Gothic Metal.



Quais são os planos do Tunes neste momento?

A ideia agora é gravar o nosso debut. No final do ano vamos entrar em estúdio. No momento estamos compondo novas músicas com o novo estilo da banda e atualizando algumas músicas antigas, e é claro, vamos tentar manter a nova formação da banda até lá.



Como será a cara da nova demo?

Como eu disse anteriormente, mais voltada pro Death Metal Melódico ou Dark Metal, e letras falando do lado ‘’obscuro’’ da vida, como vingança, morte, falta de esperança, desespero, ultra romantismo, etc. Cada integrante da banda está ajudando muito nesse processo de composição, temos músicas que o baterista fez o riff de guitarra inicial e todo processo da música em si, então as músicas terão mais a cara da banda como um todo, não é apenas um cara compondo, são 6 juntos, se algo não está bom devido a uma pessoa não gostar, devemos trabalhar para modificar isso, então com certeza as novas músicas terão várias influências.



Você acredita que hoje em dia o Tunes encontra-se mais preparada para dar um passo maior?

Com certeza. Crescemos muito musicalmente falando, e a cada nova mudança no line-up da banda, percebemos como há um amadurecimento que não era visto anteriormente, pois a banda sente a falta do integrante e deve se adaptar à entrada do novo, então todo o processo muda e com isso ganhamos mais entrosamento e chances de chegar ao lugar que almejamos.


Tunes of Grey no Teacher's Pub



Eu sei, ficou grande. Mas isso realmente importa? :p
Ah...
César, obrigada. Muito mesmo. Você sempre dá aquela força para o blog. Foi um prazer postar sobre uma banda que gosto!
A vocês, meus queridos, uma ótima noite de quinta.
Vejo vocês em breve!